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segunda-feira, 1 de abril de 2024

CENTENÁRIO DO POETA NONATO VALE - 1924 -2024 – Por Raimundo Marques

“CHAPADINHA TERRA QUE O VIU AMADURECER, FOI A GRANDE PAIXÃO DO POETA NONATO VALE”.

  

Nonato Vale em 1943


   Prefaciar TEMAS E ESBOÇOS do poeta Nonato Vale é imortalizar-se com o seu autor. Conheci e aprendi, com outros circunstantes, algumas de suas belas ´produções poética. Uma delas era indispensável nos efêmeros recitais do menestrel, e parece que era também a da sua predileção. “A Paisagem do Rodeio”, expressão da mais pura inspiração e do apego ao seu local de refúgio e de trabalho mais efetivo.

     “Do alto, a casa, no sapé descansa

     Em frente, esguio, o rio sinuoso

     E dominando o horizonte, airoso

     O coqueiral soberbo se balança” ...

     Não sabia, mas devia imaginar, que muitas outras estavam nos escaninhos de seu intelecto, constituindo a argamassa desta obra que agora vem a público para deleite de quantos tiverem o privilégio de conhece-la.

     Trata-se de uma obre que, basicamente é um canto de amor à terra e à família. A influência telúrica predomina nos seus versos.

      “Luzilândia berço amado,

      Como é grande o teu porvir,

      Teu destino está traçado

      Rainha do Piaui....

     Quanta expressão de ternura e de amor cívico à terra berço.


     Chapadinha terra que o viu amadurecer, foi a grande paixão do poeta Nonato Vale. Revolta-se sempre que, “em nome de um falso progresso”, agridam a beleza e a paz da terra que lhe acolheu. Nos muitos versos a Chapadinha, o registro da indignação é feito com veemência.

      “Aldeia fonte querida,

      Foste o berço da cidade,

      Do povo hoje esquecida,

      Só recebeste maldade” ...

Inquietava se ante a falta de visão daqueles que a governavam. O ritmo de crescimento da cidade, dizia sempre, imprimia-o a iniciativa dos seus habitantes, especialmente da classe empresarial que nunca esperou pelo poder público para desenvolver suas atividades:

     Chapadinha, foste outrora,

     Talvez uma maloca...

      Cresceste, como órfão,

      A própria custa,

      Filha pródiga desta terra adusta,

     Onde desponta progressivamente.

     E ostentas sem favor,

     O galardão de seres hoje a flor do Maranhão,

     Dando nome e fartura a tanta gente”.

     A dedicação à família foi sua fonte de inspiração permanente. O amor à família é, sem dúvida, uma expressão de bom caráter.

     “Teu vulto, minha mãe, volve-me agora

     Emoldurado, inteiro, em minha mente,

     Numa auréola de luz, resplandecente

     Como no dia em ti foste embora”.

    Essa sublimação à memória da mãe, também a mereceu o pai.

    “Meu pai viveu em aura de bonança...

    E fez da vida um livro aberto

    Onde deixou exemplos como herança

    De como pode alguém viver tão certo”. ...

    Na evocação aos irmão, de um lar prenhe de amor.

     “Foram os nossos dias mais queridos

     Aqueles que vivemos, por completo,

     Juntinhos a nossos pais, nunca esquecidos,

     De amor imenso a todos nós repleto”.

     A Serenilia, uma das suas filhas, a manifestação do amor:

     “Causa-me orgulho tê-la como minha

     Qual flor mimosa que balança ao vento,

     Se lhe abraço, me afaga e me acarinha,

     E sai correndo, noutro estouvamento” ...

    O “Hino a Luzilândia” tem lugar assegurado na Antologia das obras talentosas. Consagra-se, o poeta, e ganha o seu lugar no panteão da sua terra berço.

     “Esta terra, sem par, que nos fascina

     Do Parnaíba à beira alcandorada

     Como porte airoso de gentil menina

     É nossa Luzilândia idolatrada” ...

     Mas não foram só a família e a terra suas fontes de inspiração. Todo poeta que se preza tem suas musas. Nonato Vale não fugiu à regra. Romântico, enriqueceu a sua obra com belíssimos versos, efusões de amor e de desilusões sempre presentes, nas composições poéticas que dimanam dos impulsos do coração. Penso que não incorrerei no pecado do plágio, se no afã de matizar este comentário tão indigente de beleza literária, à guisa de prefácio, apropriar-me do gênio de Rui na “homenagem a Castro Alves”: “Eis a obra de Nonato Vale, sua obre é sua vida. A mão da morte apagou-o dentre nós; mas a glória restituiu-o ao horizonte com a estrela da manhã para o cativeiro”.

Raimundo Marques

Acadêmico da Academia de Letras, Artes e Ciências de Chapadinha

Fonte: Extraído do Prefácio do livro TEMAS E ESBOÇOS.

 

     

 

terça-feira, 26 de março de 2024

HÁ 3 ANOS, A JOVEM LARYSSA GOMES ERA BÁRBARAMENTE ASSASSINADA.

 

E A PERGUNTA QUE A GENTE NÃO DEIXA DE FAZER: QUEM MATOU LARYSSA?



Na próxima quinta-feira, 28 de março completa 3 (três) anos que a jovem Laryssa Gomes foi covardemente assassinada com dois tiros, próximo a sua residência no Bairro Mutirão, em Chapadinha, e até hoje o caso segue sem solução. O ou os assassinos demonstrando frieza ainda pegou o corpo da jovem e colocou bem próximo à casa onde Laryssa morava e abandonaram o corpo próximo a sua residência e fugiram sem deixar pista na cena do crime. Clique no link conheça mais sobre o caso: https://herbertlago.blogspot.com/2022/03/um-ano-sem-respostas-e-pergunta-que-nao.html

E a pergunta que a gente não deixa de fazer: quem matou Laryssa? A exemplo do caso Mariele, será que o ou os assassinos são também pessoas com influências em Chapadinha? Será que ele ou eles estão tendo proteção de alguém influente em Chapadinha? Ou será se é porque Laryssa é filha de pessoas humildes e simples, que não tem condições de pagar uma bancada de advogados famosos para defende-los? O que mais revolta a mãe de Laryssa e especialmente a opinião pública, é a falta de interesse dos órgãos de segurança pública para desvendar esse terrível assassinato e saber que o ou os covardes assassinos ainda estão impunes e permanecem soltos.

            O brutal assassinato de Laryssa, chocou a sociedade Chapadinhense e teve repercussão estadual. No primeiro momento, foi realizada uma grande manifestação pelas ruas de Chapadinha em direção a polícia civil. Pois, os assassinos puseram fim à vida de uma jovem apegada a família, dedicada a igreja e que tinha sonhos. “Esperava que a justiça não fosse benevolente. Até hoje choro a morte de minha filha”, desabafa Izuila, mãe de Laryssa.

          Em entrevista, o ex-secretário de segurança pública do maranhão Dr. Jeferson Portela, afirmava que já tinha pistas e que estava próximo de solucionar o caso e prender o ou os assassinos. Esperamos da justiça uma resposta e não deixar que o crime prescreva e esses bárbaros criminosos fiquem impunes.

Herbert Lago Castelo Branco

quinta-feira, 21 de março de 2024

QUEM EM CHAPADINHA NÃO OUVIU FALAR EM JOSÉ VIEIRA.

 

José Vieira Passos

        José Vieira Passos, patriarca da família Vieira Passos, nasceu na zona rural, na localidade Barro Branco, no dia 27 de agosto de 1890. Filho do Coronel Luis Vieira Passos e de Senhorinha Maria dos Santos Vieira e teve mais 9 (nove) irmãos:  América Vieira de Almeida, Diomedio Vieira Passos, Hermezinda Vieira Passos, Leonesa Vieira Passos, Manoel Vieira Passos, Maria José Vieira Passos, Maria Vieira de Almeida, Maria Vieira Passos e Teófilo Vieira Passos. José Vieira permaneceu todos os anos de sua juventude ajudando o seu pai Luis Vieira, a cuidar da lavoura de subsistência e de algumas cabeças de gado. Embora as adversidades fossem grandes, como a falta de estradas, de insumos para a agricultura, meios de transportes e de comunicação, o trabalho começou a render frutos e prosperar.

            José Vieira casou-se com Sara Barroso Passos no dia 26 de junho de 1915, com quem teve 10 (dez) filhos: Elin Barroso Passos, Epitácio Barroso Passos, Demerval Barroso Passos, Genuína Barroso Passos, Gessi Barroso Passos, Luis Vieira Neto, Manoel Vieira Passos Sobrinho (Gabi), Maria Barroso Passos de Almeida (Dudu), Miriam Barroso Passos e Raimunda Barroso Passos.

            Homem duro e de mãos calejadas pelo trabalho no campo, acostumado ao sol da chapada. Para ele, apenas a palavra era suficiente para substituir qualquer documento. Astuto e habilidoso quando o assunto era política. Afável e carinhoso entre os familiares, admirado por muitos e incompreendido por algumas pessoas.

  José Vieira e Sara

            José Vieira era considerado como um dos maiores conhecedores da região do Baixo Parnaíba. Na época sem qualquer infraestrutura e ou perspectiva de desenvolvimento, a “Chapada das Mulatas” – distrito de Vargem Grande, tinha apenas uma meia dúzia de habitantes. José Vieira foi um dos principiais articuladores pela emancipação política de Chapadinha, para transformar a “Chapada das Mulatas” no município de Chapadinha, ganhando independência econômica e notoriedade política.

            De agricultor e pequeno criador de gado, o filho de Luis Vieira Passos, virou comerciante de sucesso, conquistando a confiança de muitos e transformando-se em chefe político da região, sempre se integrando as fileiras de partidos oposicionistas. Destacando-se como um dos maiores líderes da região, tendo apoiado a candidatura de Eduardo Gomes à presidência da República. No Maranhão, embora fosse sua característica cerrar fileiras na oposição, José Vieira Passos foi um dos maiores articuladores e divulgadores da candidatura do então deputado José Sarney ao Governo do Estado do Maranhão, o que carreou numa grande soma de votos para a eleição de José Sarney.

Antiga residência de José Vieira

            Mas tarde, José Vieira se afasta temporariamente da política. Na época teria declarado a alguns amigos que o seu afastamento estaria intimamente relacionado a decepções e com a sua maneira de ser, “pois não tinha como permanecer ao lado do governo”. Embora amigo do então governador José Sarney, José Vieira voltou a política fazendo oposição apenas a nível municipal.

            Para os amigos, José Vieira Passos foi um exemplo, de homem, chefe político e pai de família, que marcou sua existência com probidade, justiça e trabalho, tendo conquistado a admiração, respeito e consideração até mesmo daqueles que o incompreendiam.

            José Vieira Passos faleceu em 1983 aos 93 anos de idade e está sepultado no Cemitério Central Nossa Senhora das Dores.

Herbert Lago Castelo Branco

Fonte: TEMAS E ESBOÇOS de Nonato Vale e

            CHAPADINHA, Historiografia e Núcleos Familiares de Ataliba Vieira

A reprodução deste texto ou qualquer parte dele é permitido, desde que seja dado o crédito de autoria conforme as normas e leis de direitos autorais.

 

 

 

segunda-feira, 18 de março de 2024

CENTENÁRIO DO POETA NONATO VALE – “IN TEMAS E ESBOÇOS”

 

                                                           JULHO DE 1924 - JULHO DE 2024

   


  Nesta jornada de comemoração pelo Centenário do Poeta Raimundo Nonato Vale, reproduzo este texto que foi publicado como prefácio do seu livro intitulado de Temas e Esboços, publicado in memória em 1995.

     Finalmente editado o livro TEMAS E ESBOÇOS do poeta Raimundo Nonato Vale. Numa linguagem simples, mas inteligente e por todas as qualidades que apresenta, quer na forma e no seu conteúdo. TEMAS E ESBOÇOS me prendeu tanto que o devorei de um só fôlego como um faminto caminheiro viajante e liberei velhas emoções e chorei ao final da leitura.

     A poesia de Nonato Vale situa-se numa perspectiva de puro lirismo. O contato com a realidade exterior não destrói a realidade objetiva interior. Pelo contrário, e toda a sensibilidade é provocada pela gama de emoções, sentimentos, reflexões e, muitas vezes uma projeção exacerbada de seu próprio “eu”. Aí, sua poesia expressa a linguagem interior do artista em toda sua autenticidade, onde ele resolve fazer poemas em que diz aos outros que também é um ser humano, que sofre, sonha e que sente as dores do mundo. Também não se limita nos poemas a uma indagação em abstrato sobre os destinos do ser, nem um traçado lírico de momentos sórdidos ou inefáveis da vida. Configuram-se numa perplexidade vivida entre as quimeras que embalaram as desilusões, diante do espetáculo concreto entre a mocidade e a chegada da velhice, que se desenrola em volta do poeta.

             Já fui moço, vivi entre quimeras

             Sempre embalado ao som das desilusões.

             Hoje, velho, cansado, sem paqueras,

             Sem sonhos, sem amores, nem paixões”

     Nonato Cale desvenda também no seu fazer poético, os elementos concretos da realidade, numa visão percuciente do essencial. Observa-se, por exemplo, como o inconformismo a agressão ao meio ambiente é uma constante na sua poesia, quase que uma fotografia da atualidade.

              Oh! Minha fonte D’Aldeia

              Como te vi no passado...

              Nem parece... hoje tão veia,

              À beira do descampado”

     São reflexões humanistas que nos trazem reocupação com o meio ambiente, indignação, versos de louvor com sabedoria e experiência. Em síntese, TEMAS E ESBOÇOS é uma obra para muitas reflexões e a sua discutibilidade compete à crítica. Como leitores, compete-nos apenas aproveitar a boa leitura.

Herbert Lago Castelo Branco

Poeta e Escritor

sexta-feira, 8 de março de 2024

CENTENÁRIO DE NONATO VALE

      A PROSA publicara uma série de textos alusivo a memoria do grande poeta Nonato Vale em comemoração pela passagem do seu centenário dia 22 de julho. Eis a primeira extraído de  pautadaval.blogspot Redação e Edição: Valéria Paiva

     O Hino de Luzilândia é cantado pela maioria dos luzilandenses, sejam jovens, adultos, crianças, todos o entoam com muito orgulho. Tem em sua estrutura, sete estrofes e sendo que duas delas, formam o refrão inesquecível.

    Com sua letra que aborda não apenas a localização da cidade, mas fala das tradições, das memórias, da fertilidade do solo e do povo trabalhador, o hino emociona.
    O que mais impressiona é que mesmo a obra poética sendo tão popular, o autor da letra do hino, ainda é desconhecido por grande parte da população local, e até muitos daqueles que já cantaram por diversas vezes a tão famosa letra, pouco ou nada sabem sobre quem a compôs.
“Trata-se de uma obra que, basicamente é um canto de amor à terra”. “Quanta expressão de ternura e de amor cívico à terra-berço”. Assim disse Raimundo Marques no prefácio da obra: Temas e Esboços de Nonato Vale, obra póstuma que expõe a trajetória do autor e suas paixões. Destacam-se o amor pelo esporte, em especial o Futebol, e a poesia.
    No hino de Luzilândia nota-se que o amor pela terra e também pelas pessoas, são enaltecidos pelo autor, e mesmo tendo ido morar ainda jovem na cidade de Chapadinha, a saudade e as boas lembrança de Luzilândia o fizeram compor o hino do município com perfeição.
SOBRE O AUTOR
    Raimundo Nonato Vale, nasceu no dia 22 de julho de 1924 na localidade Ininga, município de Luzilândia. Filho de José Gonçalves do Vale e Florinda Jesuína do Vale.
Viveu em Luzilândia sua infância e parte da adolescente, até que em 1943 mudou-se para Chapadinha-MA, onde viveu o resto de sua vida, por mais meio século. Casou-se com Elin Barroso Viera Passos em 1949, com a qual teve 06 filhos. Faleceu em 29 de agosto de 1992, deixando doze netos e uma bisneta.
Mundica Pimentel disse sobre Nonato Vale como era conhecido: o exemplo de sua vida que foi uma obra de arte, “um belo poema de amor”.
Fonte: pautadaval.blogspot
Redação e Edição: Valéria Paiva

quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

QUEM EM CHAPADINHA NÃO OUVIU FALAR EM CUNHA NETO

Cunha Neto

 

    Benedito Cunha Neto, mais conhecido como Cunha Neto, é natural da Chapadinha, nasceu no dia 11 de abril de 1951. Filho de José Assunção Viana Cunha (Sr. Assunção) e Maria da Conceição Rodrigues Cunha (Dona Santinha). Cunha Neto é formado em contabilidade pelo extinto Colégio Comercial. Trabalhou no HAPA – Hospital Antônio Pontes de Aguiar e no BEM – Banco do Estado do Maranhão, onde exerceu a função dei Gerente em Chapadinha, Vargem Grande, São Benedito, Pedreiras e Brejo.


         Casou-se com Maria de Fátima Irineu Carneiro, de quem ficou viúvo e teve 3 (três) filhos: Tollmyres, Thannys e Thyanna. Casou-se novamente com a Brejense, Alice Maria Alves da Silva, com quem criou seu neto Thalyson Viriato. Cunha Neto aposentou-se como Bancário e residia em seu pequeno e aconchegante sítio no Zé Gomes, em Brejo, onde recebeu o honroso título de cidadão Brejense.

         Cunha Neto era um Vascaíno inveterado e também foi um grande desportista, um jogador de dribles geniais. Além de jogar na Seleção de Chapadinha, jogou também no Palmeira e no Chapadinha Esporte Clube. No seu sítio em Zé Gomes, cuidava com muito zelo e carinho do seu campo de futebol intitulado de “CUNHÃO”, onde fazia as suas partidas de futebol e recebia com muita alegria os seus amigos de Brejo e Chapadinha.

Cunha recebendo seu livro

         Cunha era um contador de causos e deixou para publicação o seu inédito livro “Depois da Última Dose: CAUSOS DO CUNHA”. Infelizmente não viu o seu livro publicado, faleceu em Chapadinha, no dia 8 de dezembro de 2023, aos 72 anos de idade.

Herbert Lago Castelo Branco

A reprodução deste texto ou qualquer parte dele é permitido, desde que seja dado o crédito de autoria conforme as normas e leis de direitos autorais.

 

 

sábado, 9 de dezembro de 2023

QUEM EM CHAPADINHA NÃO OUVIU FALAR EM SEBASTIÃO PINHEIRO.

 

Dr. Sebastião Pinheiro

    Manoel Sebastião Pinheiro, nasceu no dia 21 de novembro de 1929, na cidade de Perimirim – Ma, onde começou os estudo. Em meados de 1935 com 6 (seis) anos de idade, o garoto Manoel Sebastião via em sua terra natal, as mulheres darem à luz morrerem na hora do parto.. Sua vocação de tornar médico advém desta data. Filho de familia de classe média, Manoel Sebastião disse ao pai Claudino Paulo Pinheiro que iria ser médico como propósito primordial de vida.

    Em São Bento cursou o primeiro grau (ensino fundamental), no Liceu Maranhense concluiu o segundo grau (ensino médio), No dia 15 de dezembro de 1962, em Salvador – Ba, concluiu o curso de medicina, graduado em Genecologia Obstetrícia e Cirurgia Geral, na Universidade Federal da Bahia.

Sebastião com José Almeida


            Em São Luis, foi aprovado em concurso público para o quadro de médico do INSS. Além de ter sido Diretor Geral do Hospital Djalma Marques e Socorrão I de São Luis, trabalhou em várias cidades maranhenses como: Perimirim, Penalva, Gonçalves Dias, Icatu, Nina Rodrigues, Vargem Grande e Mata Roma, tendo uma forte atuação como médico na região do Baixo Parnaíba em especial no município de Chapadinha, onde também foi Secretário de Saúde.

No ano de 1969 Dr. Sebastião Pinheiro veio para Chapadinha para trabalhar no HAPA – Hospital Antônio Pontes de Aguiar do qual foi Diretor.  Trabalhou ainda no Hospital Municipal Benú Mendes e no Hospital São Francisco.

            Casou-se com a chapadinhense Maria Fátima Cunha com quem teve 3 (três) filhos: Alexandre Pinheiro e Georgina Pinheiro e Jackeline. Mais tarde casa-se com Maria José Sales com quem também teve 2 (dois) filhos: Felipe Manoel e Catarina....

Dr. Sebastião no Estádio Lucidio Frazão

Em Chapadinha, além da medicina Dr Sebastião Pinheiro dedicou-se também ao esporte a frente do time Sete de Setembro e como presidente da LEC – Liga Esportiva Chapadinhense. Dr. Sebastião Pinheiro protagonizou importantes disputas pela prefeitura de Chapadinha. Em 1974 disputa ao cargo de Deputado Estadual, ficando na suplência, assumindo o mandato em 1976. Em 1978, reelege-se a Deputado Estadual e ocupa a cadeira na Assembleia Legislativa até 1983. Ano em que foi agraciado com o título de Cidadão Chapadinhense, concedido pela Câmara Municipal de Chapadinha. Em 1988. Candidata-se ao cargo de prefeito de Chapadinha, não obtendo êxito e em 1996 candidata-se novamente ao cargo de prefeito e, não fosse o roubo de uma urna teria sido prefeito de Chapadinha.

Dr. Sebastião Pinheiro embora sendo um médico bem sucedido, não tinha apego a dinheiro e nem bens materiais, era um humanista que usava a sua profissão para ajudar o povo pobre de Chapadinha. Deixou um grande legado de honradez e na saúde pública de Chapadinha.

Era um leitor voraz, patrono da cadeira 4 da Academia de Ciências Letras e Artes Perimirinense. Faleceu no dia 26 de abril de 2017, aos 87 anos, em Chapadinha, cidade que muito amou e dedicou-se 48 anos de sua vida.

 

Herbert Lago Castelo Branco

Fonte: O RESGATE – ALCAP Perimirim; 

Assembleia Legislativa do Maranhão

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quinta-feira, 30 de novembro de 2023

QUEM EM CHAPADINHA NÃO OUVIU FALAR EM JOÃO DE DEUS.


    João de Deus Lago Castelo Branco, nasceu na cidade de Buriti de Inácia Vaz no dia 01 de maio de 1943 e veio para Chapadinha ainda criança com seus pais Benú Mendes e Neném Lago Castelo Branco.

João de Deus ou João Benú como era chamado pelos seus colegas, era um jovem alegre, extrovertido, muito bem relacionado com a sociedade Chapadinhense. Como desportista nos anos 60, foi goleiro do time Sete de Setembro e da Seleção de Chapadinha, comandada por Francisco Almeida Carneiro (Chico Bode) e Dr. Raimundo Marques, entre outros.

Ainda muito jovem João de Deus Lago Castelo Branco começou a trabalhar na Prefeitura Municipal de Chapadinha. Tinha tudo para ter uma vida brilhante e bem sucedida, se não fosse um trágico acidente na estrada logo após a cidade de Vargem Grande. Na época só saía um ônibus de Chapadinha para São Luis às 4 horas da madrugada para chegar em São Luis às 17 horas, quando não atrasava. A estrada era uma central de piçarra, no verão poeira e no inverno muita lama.

No fatídico dia 14 de julho de 1969, João de Deus Lago Castelo Branco, ia a serviço para São Luis e pegou uma carona numa picape dirigida pelo gerente do Armazéns Tabajaras. Chegando na cidade de Vargem Grande, encontraram uma moça conhecida que também queria ir para São Luis. João de Deus gentilmente cedeu o seu lugar na boleia e foi para a carroceria da picape. Poucos quilômetros de Vargem Grande o motorista foi desviar de uma vaca e a picape capotou. No acidente somente João de Deus Lago Castelo Branco perdeu a sua vida, aos 26 anos de idade, abalando toda família e a sociedade Chapadinhense.

Herbert Lago Castelo Branco

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sábado, 25 de novembro de 2023

QUEM EM CHAPADINHA NÃO OUVIU FALAR EM OTÁVIO VIEIRA PASSOS.

 

Otávio Vieira Passos

Otávio Vieira Passos nasceu na Vila de Chapadinha no dia 03 de maio de l904. Filho de Manoel Vieira Passos e Maria Amélia de Moraes Passos.  Fez o curso primário na cidade de Brejo e o curso ginasial em São Luis. Em Salvador fez o curso de farmacêutico e na cidade do Rio de Janeiro aos 31 anos de idade concluiu o curso de medicina em 1935, tornando-se o primeiro médico nascido em Chapadinha. Foi trabalhar em Caxias, onde foi prefeito em 1942.

Otávio Vieira Passos exerceu cargos importantes, transformando-se num Chapadinhense de renome nacional. Foi Diretor do Departamento de Estatística de São Luis, Secretário Geral do Governo do Acre.

Retorna para o maranhão como médico de endemias rurais           . Em 1952 é eleito como prefeito de São Luis. Mais tarde, convocado pelo presidente João Goulart para o Ministério do Trabalho. No Rio de Janeiro, Otávio trabalhou ainda como médico no IAPI e INPS.

Foto Blog Alexandre Pinheiro

Em 1971 ao se dirigir para Chapadinha, coisa que ele sempre fazia para atender seu pai Manoel Vieira Passos como médico, sofreu uma trombose e foi levado para o Rio de Janeiro, onde faleceu com 67 anos de idade.

Herbert Lago Castelo Branco

Fonte: Revista CHAPADINHA 80 Anos.

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